quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cara de Pedreiro - Caricatura da vida real

Sem desmerecer qualquer tipo de profissão que seja, aliás, já fui pintor, servente de pedreiro, trabalhei em fábrica de artefatos de cimento, entre outros. A questão não é essa. A questão é que descobri que tenho cara de pedreiro. Fato!
Outro dia resolvi levar minha aliança para arrumar, uma vez que ela estava ligeiramente torta e incomodando. O veredito do atendente da joalheria foi um só. Olhando pra mim disse: "Isso é assim mesmo a aliança sempre vai entortar, vocês que têm essas profissões pesadas, não tem como não acontecer isso".
Eu não sabia se ria. Olhei para outro lado tentando disfarçar o riso quando pensei há quanto tempo não trabalhava com nada pesado, aliás, o meu único esporte radical nos últimos anos é "carregamento de chumaço" e acontece quando acaba a folha de A4 da impressora ou da fotocopiadora (a popular máquina de Xerox) e eu tenho que buscar um bloco no almoxarifado. Pensei, “de onde esse cara tirou isso”. E olhando para o lado me deparei com um enorme relógio de parede, daqueles lindos, que a gente queria ter em casa. Quando olhei com mais atenção para o relógio vi, num pequeno espelho que o ornava, uma cara muito conhecida, uma cara de pedreiro.
Não dá pra esconder, tenho cara de pedreiro. O atendente estava certo em seu comentário. Mesmo que eu não fizesse nada, a ordem natural das coisas faria minha aliança entortar. A vontade de riso virou vontade de choro. Não, não tenho cara de estivador, de chapa, de carregador ou mesmo de lenhador (essa foi boa), tenho cara de pedreiro.
Bom, fazer o que? Vamos que vamos!
Anderson Mendes Fachina

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