Confira agora os melhores trechos da entrevista veiculada no Jornal "Panorama Espírita" com o orador espírita "Divaldo Pereira Franco", realizada durante palestra para mais de 1200 pessoas na cidade de Barretos, no dia 19 de novembro.
Panorama Espírita: Há anos o Senhor vem fazendo este belíssimo trabalho de divulgação da doutrina espírita país afora. Como o Senhor vê esse trabalho?
Divaldo Pereira Franco: A divulgação do espiritismo é essencial. Toda idéia necessita de ser apresentada ao público com os valores que constituem seus paradigmas. Desde quando eu me tornei espírita no ano de 1947, fui convocado à tarefa da divulgação dos postulados básicos desta doutrina excepcional. A partir daquela data já visitei mais de 2000 cidades em 65 países de cinco continentes. Retornar a Barretos é revitalizar o entusiasmo em mim próprio e intercambiar com os bons trabalhadores da doutrina, qual acontecia nos tempos apostólicos, à mensagem de renovação que está sempre atualizada dentro dos postulados da cultura de todo o tempo.
P.E.: Sabemos que estamos passando de um planeta de provas e expiações para um planeta de regeneração. Qual o papel do jovem neste processo?
Divaldo: Segundo a doutrina espírita nós vivemos num mundo inferior, que é a Terra. Porque aqueles que a habitam ainda são Espíritos inferiores. Mas como existe uma lei universal, tudo é progresso. Allan Kardec demonstrou que os mundos também evoluem e o mundo pode passar de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração. É o que vem ocorrendo. Esse mundo de regeneração será aquele ao qual o sofrimento sedará lugar a paz, a plenitude. Mas não será um golpe de surpresa, nem de uma vez, é um lento processo natural que já vem ocorrendo e cujo clímax está mais ou menos previsto para os anos após 2050. O jovem tem um papel fundamental, porquanto ele é este porvir, é o amanhã, é a esperança. É natural que ele pode contribuir tendo uma vida saudável, dedicada ao bem, tornando-se o exemplo daquilo que a doutrina nos ensina. Mais importante do que a rotulagem de qualquer doutrina é a conduta: Mais vale um individuo que não tenha religião e seja um bom cidadão do que aquele que tem uma religião formal e, no entanto, tem uma conduta irregular.