Quando não
se tem a reciprocidade merecida, algo errado está acontecendo. Mas ela não
consegue enxergar isso de maneira nenhuma. Tem um brilho no olhar que lhe é
singular, tem um doce e um encanto no rosto. Mas não se engane: Tem a sutileza
sarcástica do bom humor. E isso, diga-se de passagem, é de longe a melhor
característica.
Acontece
que parece que ela não sabe disso e vive um sonho onde apenas seus anseios o
alimentam. Um sonho que corriqueiramente se torna um pesadelo. E como sempre ela
acorda assustada, entende o que estava acontecendo, jura que não vai sonhar
mais... Mas, quando volta a adormecer, o sonho volta com toda a força.
E não é
que esse sonho a traz vergonha. Ela envergonha-se em saber que está sonhando
sozinha novamente. Tem medo de falar seus sentimentos, tem medo de contar aos
demais suas aspirações. Bom, então, meio caminho andado para a derrocada final
do ser amoroso. Só falta um ponto a ser resolvido. Só falta um ponto, o ponto
final.
Outro dia
ela escutou: Essa história não tem final feliz, nessa história você nunca vai
viver em harmonia. Se quiser voltar a sorrir, tem que acabar com essa história
e começar outra. Fato! Mesmo que seja com a mesma pessoa, mas essa história é
fadada ao fracasso. Outra deve ser construída, outra deve ser trilhada.
Não se
fala mais nisso. Se ela está sonhando sozinha ainda é um mistério. Mas uma coisa
é certa: Se estiver sonhando a mesma história em breve todos saberão. Basta olhar para seus olhos marejados e a feição de tristeza que assola os amantes
abandonados.
Anderson
Mendes Fachina
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