quinta-feira, 3 de maio de 2012

Se você quer sorrir


Quando não se tem a reciprocidade merecida, algo errado está acontecendo. Mas ela não consegue enxergar isso de maneira nenhuma. Tem um brilho no olhar que lhe é singular, tem um doce e um encanto no rosto. Mas não se engane: Tem a sutileza sarcástica do bom humor. E isso, diga-se de passagem, é de longe a melhor característica.

Acontece que parece que ela não sabe disso e vive um sonho onde apenas seus anseios o alimentam. Um sonho que corriqueiramente se torna um pesadelo. E como sempre ela acorda assustada, entende o que estava acontecendo, jura que não vai sonhar mais... Mas, quando volta a adormecer, o sonho volta com toda a força.

E não é que esse sonho a traz vergonha. Ela envergonha-se em saber que está sonhando sozinha novamente. Tem medo de falar seus sentimentos, tem medo de contar aos demais suas aspirações. Bom, então, meio caminho andado para a derrocada final do ser amoroso. Só falta um ponto a ser resolvido. Só falta um ponto, o ponto final.

Outro dia ela escutou: Essa história não tem final feliz, nessa história você nunca vai viver em harmonia. Se quiser voltar a sorrir, tem que acabar com essa história e começar outra. Fato! Mesmo que seja com a mesma pessoa, mas essa história é fadada ao fracasso. Outra deve ser construída, outra deve ser trilhada.

Não se fala mais nisso. Se ela está sonhando sozinha ainda é um mistério. Mas uma coisa é certa: Se estiver sonhando a mesma história em breve todos saberão. Basta olhar para seus olhos marejados e a feição de tristeza que assola os amantes abandonados.

Anderson Mendes Fachina

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