quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Palmeirenses + São-paulinos


Houve um tempo em que eu acreditava que as amizades verdadeiramente sólidas, pra vida inteira, seriam só aquelas construídas na infância, no início da adolescência, o mais tardar.

Seria mais ou menos como escolher um time de futebol pra torcer: quase todo mundo, quando é pequeno, troca de time algumas vezes, até optar por um, aquele do coração. Porque não daria pra passar a vida mudando, alviverde hoje, tricolor amanhã, ao sabor das vitórias de cada equipe. Há que se escolher e ser constante, na vitória e na derrota, no futebol como na vida.

Mas a vida, como o futebol, é uma caixinha de surpresas. Um clichê batido? Talvez a expressão do que pode ser, e às vezes é, inesperadamente bom.

Na faculdade em uma repetição do ciclo que eu atribuía à infância,integrei vários grupos, estabelecendo boas relações de boteco/biblioteca/conversa, mas amizade mesmo, só um pouco mais tarde, com aqueles três caras, que se tornaram meus três cavalheiros, os meninos do meu coração, pra vida inteira.

Formávamos um grupo desequilibrado, em termos de paixão futebolística, sendo o Willian o “pontinho verde” em meio à maioria são-paulina. Três bambis e um porco, como eu propus uma vez. Só o Willian achou legal.

O caso é que o nosso palmeirense deixou de ser minoria de um modo bem agradável: desposou uma alviverde e converteu o filhote. Por outro lado, o Anderson garante que o Rapha já nasceu tricolor, e a Katy não se opõe.
O GRANDE ENCONTRO: Raphinha, Katyane, Anderson, Cristina,
Leon, Ana Paula, Vandete, Wilian e Wilian Jr.

A novidade que nos foi comunicada no último domingo é que o Leon está arriscado a se tornar minoria em sua própria casa, já que lançou seus encantos a uma palmeirense muito gente boa (bem vinda ao bando, Ana!), e deu tão certo que a herdeira (o) já está a caminho. Só que, segundo a mãe, periga nascer com um duvidoso gosto por meiões verdes e camisas marca-texto...

Ainda bem que eu tive a felicidade de impedir a virada de jogo:minha baiana fica linda com sua camisa tricolor, e não é a do Bahia.

De qualquer forma, o Willian Jr. ainda está naquela maravilhosa fase da infância, na qual virar a casaca é possível e permitido. Quanto ao resto, amigos maravilhosos podem surgir a qualquer momento, em qualquer fase da vida, se ele tiver sorte como eu.

Cristina dos Santos Monteiro

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